segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Renata



Renata

Uma lagrima deve tocar teu coração
e nele adubar teu solo duro
que precisa de irrigação e tocar fundo
suas raízes e fazer brotar a sensibilidade
a transparência de tua alma
pra ti mesmo poder enxergar através dela
e que nada seja turvo e sim cristalino
um botão de rosa num jardim tem a proteção
natural da natureza
e eu cheguei até você, rosa em flor
quando ainda era broto, mais tudo se transforma
e nele desperta em ti seus lindos raios de mulher
senti o que se sente por abandono
pois já senti também em outros tempos
e ainda sinto!
Mas compreendo que a transformação natural
vem de tuas primeiras informações
e noções de uma vida que virá pra ti
em tua adolescência duvidas em teu coração e mente
quem dera pudesse eu ser um jardineiro!
Saberia tocar em rosas com espinho
mais de tanto tocar em espinhos e se ferir
o aprendiz de jardineiro pode desistir
Quero hoje romper com minha tempestade
e chegar à primavera verão
e quem sabe num futuro breve tenha um
jardim a florir e precisando de cuidados de um jardineiro
mais a natureza é sabia!
A simbiose transforma as sementes boas
pra fecundar um novo solo
e renascer um novo jardim
então Renata é renascer
então transforme esse seu coração em solo fértil
transforme teu olhar em luz você precisa da fotossíntese
e as lagrimas derramadas das nuvens
lhe deve fazer uma hidratação em tuas raízes
e realmente você renascera
Renata

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Rua e solidão...



Ruas de cobre
calçadas de estanho
a vida num instante
corre entre ruas
e cerca o coração em calçadas
sem ladrinhos
não tem ninguém a ladrilhar
corre e corre
morre em teu coração
a oração
da solidão

Padecer...



padecer ao cair da tarde
quem sabe, não é padecer
ao anoitecer
não sei...
que não quero padecer
nem na tarde nem na manhã
quero só tecer
uma vestimenta para meu corpo
nu
despido de parecer
e palpites alheios
entristecerem meus olhos
secar a luz
do ver
para não mais crer
que muitos padecem
de pão
por querer e não ter
ser, quem sabe um revolucionário
para tecer um caminho de luz
para meus olhos de luz
de tristeza
e riqueza que não vejo
no amanhecer dela coração do Brasil
favela
que revela seu padecer
ao anoitecer
quero luz de amanhecer para meus olhos
ver sempre nas tarde de domingo
em avenidas de nomes importantes
Gabriela Mistral e Assis Ribeiro
quatro crianças sem nomes importantes
nas noites de domingo
a mendigar
no padecer dos olhos do Brasil
olhos de alvorada
mais não sei se na Alvorada
terá um padecer
com os olhos
de enriquecer crianças
sem nomes, em avenidas de nomes importantes
mais preciso padecer
pois meus olhos ficaram
sem luzes

Horizonte...



Eu não resisto mais
tudo que persigo corre
pra longe
e longe fica.
Distante de tudo que
persigo e busco,
vejo pessoas voltarem e irem
pra algum lugar...

Talvez num canto
num lar
eu sei que vou para o mar...
Ver as lendas
e o sol...
E do mar quero ver o horizonte
que deixei para traz...

Tropeços...



Tropeços transcender fronteiras
nesse linear de minha vida
será que é linear
será que sigo em frente
sem tropeços
já ralei os joelhos
já quebrei os braços
já feri o coração de alguém
e já dilaceraram meu pobre coração
trabalhei minas e não encontrei
nenhuma jóia a ser lapidada
minérios sem riquezas
mais de muita pobreza
transforma esse peneirar de mineiro
cada vez mais triste
e em vão
então, cadê você ó riqueza rara
que de tão cara serve somente
as mesas da nobreza
e a mim como a tantos só nos resta
um pedaço de pão
e a peneira para garimpar

Rasgar a carne...


Quero rasgar minha pele
e despir
Ficar em músculos transparente
ver minhas artérias
Sentir toda a dor e cor
de meus órgãos
Sentir o ventre
que gera a vida
Fazer jorrar o sangue que em minhas artérias
correm
pra tu saber
que sinto dor
e meu sangue a ti lavar
será rubro
E mais tarde será rosa
porque em tua face lavará
os olhos e alma
E aprendera a respeitar
o ser que sou
Sinto a dor do desprezo
que traz por mim
Ficarei em carne viva
pra ti ver minhas entranhas
que desejou
e agora, não senti o que me confessou
em horas intimas
Serei mulher
e mostrarei a ti minhas entranhas
a virtude da vida
onde fecundou teu filho
e tua filha
E agora nada mais sou de um corpo
velho
Então verás como ele é
em suas minúcias
e verá que em carne nua
podes sentir os meus sentimentos
Sou humana e sinto dor
estou ferida
Não tens perdão
mais compreendo a sua sina
é demais...

O sol...



O sol vela pelo meu corpo
em decomposição
a anos de luz solar
de tão distante de meu coração
e mente
esse sol que se abriga na morada do universo
infinito
não toca meu coração finito
e faminto do amor
e na noite vazia e solitária a lua
traz a depressão
do não do porque
então não sei
de mim, num todo
mais sim em fraguimentos de um todo
parte de meu próprio universo
distante do sol

Tristeza...




quando a tristeza toma conta
de nossos corações
é só tristeza
a sua pele fica mais áspera
tuas mãos não têm força
seus cabelos em desalinho
seu olhar
não encara o olhar de teu próximo
teu próximo não te encara de frente
sua frente não tem mais horizonte
o horizonte fica mais distante
o que estava perto
fica longo
teu trabalho não ti satisfaz
e se for só
a solidão ti completa com amargura
então só ti resta
a depressão
mais em todo isso
sempre em teu coração tem uma ponta
de esperança
no amanhã
e o amanhã com certeza virá
e você tem que lutar contra
a tristeza
se a beleza da natureza
tem segredos seu coração
também lhe dará as respostas de teus segredos

Quero ter você perto de mim...



quero ter você perto de mim
quero ter você perto de mim
quero ter você perto de mim
transcender paixões
e acariciar tua alma
tua pele
entrelaçar meus dedos em teus cabelos
longos
sentir todo teu arrepio
quero eu mi encolher em teu colo
ficar quieto e nu
sentir todo teu calor
tocar teu coração
e sentir seus seios em minhas mãos
quero ser você e você ser eu
e juntos estaremos
até o finito e derradeiro por do sol
quero mi enxergar em teu olhar
e através dele ti enxergar
e ver o que realmente sou
quero saber através de tua retina
os teus desejos
e anseios e neles poder
ser o amor
que você sempre esperou
de um homem
quero ser primeiro você
as tuas dores
tuas alegrias e tristezas
te compreender
para amar você
e você ser eu
juntos unidos num só corpo
e unidos amaremos
toda a humanidade
e sua natureza
e rompermos fronteiras
pois no amor
não existe fronteiras geográficas
existe só o amor

Limpar o coração...





Arrumar o quarto,
precisa arrumar
o quarto.
Limpar os vidros,
organizar as gavetas
e limpar meu coração...

Azul...


Um azul lindo,
Indo e vindo de encontro
de outro azul.
Azul marinho,
de um dia que vem vindo
e esta surgindo no horizonte
de meu coração.
Sem gaivotas e sem mar azul
mais é um lindo dia que
está surgindo
em meu horizonte...
E lá na frente estarão
as gaivotas, o mar
e quem sabe o amor...
E saberei amar
aquela que da minha vida
vier fazer parte
na arte de amar
a mulher
como de fato deve ser amada...


segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Estrelas...



Você passou com meteoro ,

sofreu, amou
e desiludiu-se.
Viu poucas conquistas
sentiu o amor de adolescente
velho não ficou.
Contestou, brigou falou mal do sistema
e disse vou andar pela vida
em rodas e fazer malabarismo.
Sem saber um abismo a sua espera
caminhou visitou grades
pra visitar a tua progenitora
Brigou com classe que não era a sua
sentiu desejos de adolescentes
namorou e amou.
Visitou túmulos e museus
Correu no parque e jogou bola
Tomou pau na escola secundaria
e se apaixonou pela professora de história.
Tatuou a pele e nem me mostrou
não deu tempo.
Hoje vejo estrelas tão diferentes no céu
numa noite tropical
e sei que nela você esta...
Pode ser falta de imaginação
mais não
ateu que sou
eu sei que você esta numa estrela
a nos olhar...