sábado, 1 de dezembro de 2007

Humanos e humanidade o amor vencerá...

Eu sei que não senti nada
em meus versos
mais lhe falo
de um soluçar de criança
um choro de um pequeno ser
que, você invadiu
trouxe a desgraças
o teu som de rajar de tiros
e de bombas
gritos de mãe a sofrer
perdas
mulheres com o olhar perdido
sem esperança...
de reencontrar seu companheiro
olhe para meu corpo dilacerado
olhe pra mim sem perna e sem braço
veja uma nação a chorar, soluçar
como uma criança!
Veja os quatro cantos
o que você levou
choro enfermidades e mortes
trouxe fome,
e covas rasas
e na maioria, de pequenas mortalhas
a minha cútis
o meu saber
minha cultura
a minha dor não diz nada a você
quer fronteiras a qualquer custo
quer riquezas minerais
tudo pra você
e nos só queremos paz
mais paz com você não dá
sinto que o amor unirá
a todos contra tu
renegado da raça humana
faminto estou num canto
da terra mãe
e com os pratos vazios
estou a morrer
num abrigo estou
pois suas balas podem
matar minha prole e eu
luto numa terra Inca
pelos meus costumes
para poder plantar
sempre entro na fila da mão de obra
ociosa, porque assim você deseja
vivo numa enorme senzala
chamada favela
mais o amor vai nos unir
e unidos varreremos
você da terra mãe
esconda-se hoje
em casa bela e com rostos belos
já sabemos o teu covil
de tua morada seja branca
ou as trevas do capital
estaremos lá
pra cobrar justiça
humanos

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